Bogotá - Parte V - e Catedral de Sal em Zipaquirá - Colômbia - 2011
- Roberto Caldas
- 5 de jul. de 2023
- 12 min de leitura

Locomotiva do trem turístico para Zipaquirá (Catedral de Sal). Estación de la Sabana, avenida Centenario com carrera 18, El Listón, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
1 - Bogotá
Agora, eu e Eunice fomos visitar o Museo del Oro de Bogotá.
O Museo del Oro tem por finalidade trazer informações ao público geral sobre as técnicas de mineração e manufatura da metalurgia antiga, o uso e o contexto dos metais dentro da organização política e religiosa na Colômbia pré-hispânica, envolvendo também temas místicos, xamanismo e simbolismo dos metais. Nas salas são apresentadas peças em ouro e outros materiais, muitos deles produzidos pelos povos antigos que ocupavam a região.
O ouro e o poder estão associados quase de forma universal, no tempo e no espaço. Maleável, esse metal pode ser transformado em fios finíssimos ou em lâminas muito delgadas, permanecendo praticamente incorruptível, sendo atacado apenas por poucos elementos, como cloro e bromo. Assim, com essas características aliadas à sua beleza e relativa escassez, tornaram-no um metal precioso muito desejável, tanto que, até o Acordo de Bretton Woods, o ouro era o padrão de referência do sistema financeiro internacional, até hoje, é utilizado como ativo financeiro, e, em muitas oportunidades em que há grande instabilidade econômica, as pessoas recorrem para sua segurança financeira.
Os líderes desses povos pré-colombianos, na região, utilizavam trajes suntuosos feitos de ouro para manifestar seu poder político, econômico, militar e religioso. Após suas mortes, esses objetos, muitas vezes, eram enterrados com eles.

Capacete hemisférico em ouro, com figuras geométricas; período Quibaya primitivo, entre 500 a.C e 700 d.C, região Cauca Medio. Museo del Oro, carrera 6, n. 15-88, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Vimos, no museu, vários peitorais feitos de ouro, dentre eles um em forma de pássaro de asas abertas, provavelmente de origem muísca.
Os objetos de ouro polido refletiam a luz do sol, sendo potencializados por sua energia, e, em rituais periódicos, as pessoas retornavam sua própria força cósmica ao astro para revitalizá-lo.

Adorno peitoral muísca em forma de pássaro, 15 x 14,5 cm, 1080 d.C. Varela, Chiquinquirá, Boyacá. Museo del Oro, carrera 6, n. 15-88, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Ao se adornar com ouro, o cacique se apropriava da força seminal do sol, encarnando na terra os poderes dessa deidade do mundo superior.

Traje com adornos em ouro para cabeça, peito e membros, além de um cetro de ouro; destaque para o peitoral em forma de coração, martelado e gravado, período Yotoco, 200 a.C a 1300 a.C, arrecadado na região Calima-Malagana. Museo del Oro, carrera 6, n. 15-88, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Também fomos conhecer o Parque Central Bavaria.
O parque foi construído no espaço antes ocupado pela Fábrica da Bavaria Kopp’s Deutsche Bierbrauerei (Cervejaria Alemã Bavária Kopp). A antiga fábrica foi desenhada e construída, no bairro San Diego, pelo engenheiro espanhol Alejandro Manrique Canals, entre 1881 e 1891, por encomenda do empresário alemão Leo Kopp, fundador da companhia, inspirado no modelo inglês de plantas industriais, ou seja, imensas chaminés, estrutura em ferro e grandes fachadas em tijolos vermelhos aparentes, estes inspirados na arquitetura holandesa, tão em voga no final do século XIX e início do século XX.
Após o traslado da planta industrial da Empresa Bavaria para outro lugar da cidade, entre 1973 e 1974, o local converteu-se em um grande vazio urbano, e, com vista a implementar o desenvolvimento do centro da cidade e do que é conhecido como Centro Internacional, planejou-se, em 1987, o projeto de renovação urbana chamado Parque Central Bavaria.
Em 1991, os dois edifícios originais da fábrica remanescentes foram restaurados, e a partir de 1994 foram edificados os novos prédios que, até a nossa visita, ainda não haviam sido concluídos em sua totalidade.
O referido projeto tinha como objetivos criar um complexo urbanístico de atividades múltiplas, integrando usos de serviços, comerciais e residenciais no centro de Bogotá, para classes média e alta, gerar espaços públicos para os cidadãos e conservar alguns prédios da antiga fábrica Bavaria, os quais, ao nosso ver, foram plenamente alcançados, pois, além do grande valor arquitetônico, o complexo tem importância cultural e comercial.
Saliente-se que as fachadas dos prédios mais modernos, construídos a partir de 1994, se harmonizam com os edifícios antigos, particularmente pelo emprego dos tijolos vermelhos aparentes em suas fachadas.

Antiga Fábrica da Bavaria Kopp’s Deutsche Bierbrauerei (Cervejaria Alemã Bavária Kopp). Bairro San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
https://twitter.com/historiafotbog/status/1199125935817146368?lang=ga

Espaço público no Parque Central Bavaria. Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Parque Central Bavaria, ao fundo, atrás dos arbustos, podem ser vistos dois prédios originais da Fábrica da Bavaria Kopp’s Deutsche Bierbrauerei (Cervejaria Alemã Bavária Kopp). Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Próximo ao parque da Bavaria, encontramos a Plaza de Toros La Santamaría.
As praças de touros que existiam até o início do século XX em Bogotá eram muito precárias, normalmente feitas de madeira; para dotar a cidade de um espaço mais confortável para a prática da tauromaquia, o pecuarista Ignacio Sanz de Santamaría comprou, no setor de San Diego, um lote por cerca de 70 mil pesos, em 1928, e lá passou a construir, com dinheiro captado por meio de uma hipoteca junto ao Banco de Bogotá, uma praça de touros de alvenaria, que foi inaugurada em 8 de fevereiro de 1931, tendo a instalação recebido o nome de seu fundador.
Na década de 1940, o arquiteto espanhol Santiago de la Mora desenhou a atual fachada da La Santamaría, utilizando o estilo neomudéjar com tijolos vermelhos (um estilo artístico que se desenvolveu nos reinos cristãos da península ibérica, incorporando influências hispano-muçulmanas), empregando-os no revestimento exterior do edifício.
Após essa reforma, La Santamaría, na nossa opinião, ficou com algumas semelhanças com a Plaza de Toros de las Ventas, também com elementos mudéjar, em Madrid, que pode ser vista no nosso post Comunidade de Madrid - Parte II.
A família não conseguiu fazer o pagamento da hipoteca, tendo, após negociação, transferido a propriedade da Plaza de Toros à cidade de Bogotá.
A tauromaquia ou corrida de touros ou tourada é, basicamente, a arte de lidar com touros bravos.
As corridas de touros já eram praticadas na Península Ibérica, com alguma frequência, desde a Idade Média, mas o que se conhece por tauromaquia moderna se organizou no século XVIII.
Basicamente, uma corrida de touros se dá nesse sequência, composta em Tercios, separados por toques de clarins:
O Primer Tercio ou Tercio de Varas, o toureiro emprega o capote (uma capa grande e grossa com um lado rosa e outro amarelo), medindo a bravura do touro. Na continuação, os picadores, montados a cavalo, ferem o touro com as pontas das lanças.
O Segundo Tercio ou Tercio de Banderillas, três "bandarilheiros", a pé, cravam, cada um, um par de "bandarilhas" no dorso do touro, com o objetivo de acordá-lo para o que vem em seguida.
O Tercio Final ou Tercio de Muerte, na denominada suerte suprema, o toureiro usa a muleta, um pequeno pano vermelho preso a um pau. Na última parte da corrida, o toureiro deve demonstrar controle sobre o touro, estabelecendo uma relação simbiótica entre ambos, para, ao fim, matá-lo com a espada (ou ser ferido ou morto pelos cornos do touro).
Hoje em dia, por decisão judicial, a Plaza de Toros La Santamaría não cumpre sua função taurina, sendo empregada para outras atividades culturais, como espetáculos de artistas e competições esportivas.

Fachada da Plaza de Toros La Santamaría, inaugurada em 1931, reformada em estilo mudéjar (com influências hispano-muçulmanas) na década de 1940. Setor San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Arquibancada e arena da Plaza de Toros La Santamaría. Setor San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Arquibancada e arena da Plaza de Toros La Santamaría. Setor San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Monumento ao toureiro no entorno da Plaza de Toros La Santamaría. Setor San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
No entorno da Plaza de Toros La Santamaría nos deparamos com o monumento em bronze homenageando o toureiro colombiano José Humberto Eslava Cáceres, conhecido como Pepe Cáceres.
Pepe Cáceres começou sua atuação como toureiro oficial em 1º de novembro de 1952, como novillero (não é matador profissional); viajou à Espanha em 1955, onde participou na primeira temporada em dez novilladas com grande êxito; tornou-se um matador de toros profissional na Plaza de Toros La Maestranza, em Sevilha (descrita no nosso post Andaluzia - Parte X - Sul da Espanha - 2009), em 30 de setembro de 1956; morreu aos 52 anos por causa de uma cornada sofrida em 20 de julho de 1987, na Plaza de Toros La Pradera, em Sogamoso, Colômbia, que lhe provocou lesões tais que lhe levaram ao óbito no hospital em 16 de agosto do mesmo ano.

Monumento em homenagem ao toureiro colombiano Pepe Cáceres. Plaza de Toros La Santamaría, Setor San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Na sequência, estivemos, ainda no setor San Diego, na edificação onde funciona o Museo Nacional de Colombia.
Por disposição do governo da Gran Colombia, o naturalista colombiano Francisco Antonio Zea, em 1º de maio de 1822, encontrou o Barão Georges Cuvier, membro do Museu Nacional de História Natural da França, conhecido como Jardim das Plantas, em Paris, para a contratação de uma comissão científica com o fim de criar uma instituição na nova nação consagrada ao estudo da natureza e do desenvolvimento da agricultura.
Para a direção do futuro estabelecimento foi escolhido o peruano Mariano de Rivero, e uma das primeiras missões dessa comissão estrangeira foi recuperar uma parte dos trabalhos científicos produzidos pela Real Expedición Botánica del Nuevo Reino de Granada, da qual participou o patriota Francisco Caldas, confiscados pelo general Pablo Morillo no tempo da reconquista espanhola.
Após a chegada da comissão científica, o Congresso da Gran Colombia expediu a lei de criação do Museo de Historia Natural y Escuela de Menería, em 28 de julho de 1823.
A abertura oficial do Museo Nacional ocorreu em 4 de julho de 1824, quando o então vice-presidente da República, general Francisco de Paula Santander, declarou criada a instituição, tendo como primeira sede a antiga Casa de la Expedición Botánica, com salas destinadas às coleções de zoologia, mineralogia e botânica e aos objetos de história, ciências e arte.
Entre 1823 e 1948, o Museo Nacional funcionou em diferentes sedes transitórias, em razão da instabilidade política do país.
Em março de 1946, o Ministério de Educação decidiu destinar, como sede definitiva do museu o edifício da Penitenciaria Central de Cundinamarca, popularmente conhecida como "El Panóptico" e mudar os presos para a nova prisão de La Picota.
O prédio da penitenciária foi restaurado e adaptado para funções museológicas, tendo sido inaugurado como museu em 2 de maio de 1948.
A ideia da Penitenciaria Central tinha sido gestada no governo do presidente da República Tomás Cipriano de Mosquera, contratando, em 1846, o arquiteto anglo-dinamarquês Thomas Reed (o mesmo que projetou o Capitolio Nacional, citado no nosso post Bogotá - Parte II), para desenhar os planos do estabelecimento penal.
Para a penitenciária, Thomas Reed se inspirou parcialmente no modelo de prisão proposto pelo jurista utilitarista e filósofo inglês Jeremy Bentham, conhecido popularmente como panóptico, com a estrutura de um círculo com uma torre de vigilância central, de modo que os internos não sabiam se estavam sendo efetivamente observados, mas sempre tinham a sensação dessa possibilidade, ou seja, o vigilante via sem ser visto, ninguém podendo escapar de sua visão escrutinadora, mantendo, dessa forma, a disciplina prisional e contribuindo para ressocialização dos detentos.
O projeto da penitenciária, proposto por Reed em 1849, não no formato circular, mas de cruz, foi aperfeiçoado pelo engenheiro colombiano Ramón Guerra Azuola, em 1855, mas sua construção ficaria suspensa por quase 20 anos.
A construção do edifício, após cessão de um terreno de quatro hectares pelo Congresso Nacional no setor San Diego, iniciou em 1874 e foi parcialmente concluída em 1878, mas se considera completamente terminada em 1905.
A muralha exterior, que lhe dava um aspecto imponente e lúgubre, foi a primeira parte concluída do edifício.
Durante a Guerra de Mil Dias, uma conflito civil ocorrido na Colômbia entre 1899 e 1902, que teve como uma das consequências a independência do Panamá, em 1903, a Penitenciaria Central abrigou mais de 5.000 prisioneiros políticos liberais, não obstante sua capacidade não suportar mais de 1.500 internos.
Como já explicado acima, o edifício deixou de ser penitenciária e passou, após reforma, a abrigar o Museo Nacional em 1948.
O museu, atualmente, apresenta mostras de arqueologia, história e arte nacionais e internacionais, bem como oferece uma diversificada programação acadêmica e cultural, como conferências, concertos, apresentações de teatro, dança e projeções audiovisuais.
Por ocasião de nossa estadia em Bogotá, tivemos a oportunidade de assistir à apresentação de dois violonistas que executaram peças para violão dos compositores Heitor Villa-Lobos (brasileiro, famoso internacionalmente pela obra erudita "Bachianas Brasileiras") e Astor Piazzolla (argentino, famoso internacionalmente por seus tangos eruditos, como "Adiós Nonino", já citado no nosso post Argentina 2008)

Penitenciaría Central de Cundinamarca, el Panóptico, no final do século XIX, https://twitter.com/CapitolioNal/status/940596225346334720/photo/1

Museo Nacional de Colombia, antiga sede da Penitenciaria Central de Cundinamarca, com sua muralha impressionante. Carrera 7 n. 28-66, Setor San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Museo Nacional de Colombia, antiga sede da Penitenciaria Central de Cundinamarca, com sua impressionante muralha. Carrera 7 n. 28-66, Setor San Diego, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
À noite, não poderíamos deixar de experimentar o churrasco mais famoso de Bogotá dos restaurantes Andrés Carne de Res; fomos à Plaza de Andrés, no centro comercial Santafé Mall, em Bogotá.

Experimentando um delicioso churrasco na banca de assados da Plaza de Andrés, Santafé Mall. Calle 185, n. 43-03, Piso 3, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Para encerrar nosso passeio por Bogotá, fomos ao Parque 93, um espaço turístico no norte da cidade, inaugurado em 14 de julho de 1995. O parque tem esse nome porque fica situado entre as calles 93-A e 93-B e as carreras 11-A e 13, no setor (ou bairro) El Chicó.
Quando de nossa visita, verificamos tratar-se de um espaço público muito agradável, com áreas verdes e floridas, bem como equipamentos para brincadeiras infantis.
No início de 2014, o Parque 93 foi remodelado, sendo reinaugurado em 24 de maio do mesmo ano, tendo sofrido diversas modificações em relação à sua estrutura original.

Parque 93, em direção a carrera 13, ainda com a estrutura original de 1995. El Chicó, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Parque 93, em direção a carrera 11-A, ainda com a estrutura original de 1995. El Chicó, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Partimos, depois, para um passeio de trem nas proximidades de Bogotá, para conhecer a famosa Catedral de Sal.
2 - Passeio na Catedral de Sal - Partindo da estação de la Sabana, passando por Usaquén, La Caro e Cajicá
Para embarcamos no trem para a Catedral de Sal, fomos a Estación de la Sabana, na avenida Centenario com carrera 18, no bairro El Listón, em Bogotá.
A Estación de la Sabana era, anteriormente, utilizada pela Estación Central del Ferrocarril de la Sabana e pelos Ferrocarriles Nacionales de Colombia (FNC); o prédio, em estilo neoclássico, foi inaugurado em 1917, remodelado em 1954, mas, em 1991, com a crise do setor, as companhias operadoras foram liquidadas, passando as instalações para o governo nacional.
Na época em que estivemos na estação, apesar de não mais cumprir sua função de central de transporte ferroviário, de lá partia um trem clássico remodelado para um percurso pela Sabana de Bogotá, passando pelos municípios de Cajicá e Zipaquirá, este último onde fica a Catedral de Sal.

Pequeno museu na Estación de la Sabana. Avenida Centenario com carrera 18, El Listón, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Locomotiva do trem turístico para Zipaquirá (Catedral de Sal). Estación de la Sabana, avenida Centenario com carrera 18, El Listón, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Trem turístico para Zipaquirá (Catedral de Sal). Estación de la Sabana, avenida Centenario com carrera 18, El Listón, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Interior do trem turístico para Zipaquirá (Catedral de Sal). Estación de la Sabana, avenida Centenario com carrera 18, El Listón, Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Usaquén, no caminho do trem turístico, foi um município independente do Departamento de Cundinamarca, mas, em 1954, com a criação do Distrito Especial, foi incorporado a Bogotá, na região norte da cidade.

Estação de Usaquén. Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.

Estação de Usaquén. Bogotá, Distrito Capital, Colômbia.
Ao chegarmos em Zipaquirá, embarcamos em um ônibus e fomos transportados até a Catedral de Sal.
A primeira Catedral de Sal foi inaugurada nas Montañas de Zipaquirá, em 1954, mas, em razão de falhas estruturais, foi fechada em 1992.
A atual Catedral de Sal, construída embaixo da anterior e considerada a 1ª maravilha da Colômbia, foi projetada pelo arquiteto bogotano Roswell Garavito Pearl e executada sob supervisão do engenheiro colombiano Jorge Enrique Castelblanco Reyes, sendo inaugurada em 16 de dezembro de 1995.
No seu interior, pode ser encontrada um coleção artística, particularmente esculturas de sal e mármore, mas trata-se verdadeiramente de um templo católico ambientado em uma mina de sal, ou seja, o teto e as paredes são de sal.

Parte exterior da Catedral de Sal. Parque de la Sal, carrera 6 com calle 1, Zipaquirá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.

Entrada da Catedral de Sal, onde se vê um túnel ao longo do qual se encontram as estações da via-crúcis. Parque de la Sal, carrera 6 com calle 1, Zipaquirá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.

Passo do Calvário do Catedral de Sal. Parque de la Sal, carrera 6 com calle 1, Zipaquirá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.

Esculturas representando o "Nascimento de Jesus", Catedral de Sal. Parque de la Sal, carrera 6 com calle 1, Zipaquirá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.

Ao fundo, à direita, o Altar-mor da Catedral de Sal, presidido pela Grande Cruz; à esquerda, sobre o balcão do coro, um anjo com uma trombeta, símbolo bíblico da visita de Deus. Parque de la Sal, carrera 6 com calle 1, Zipaquirá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.

A Grande Cruz do Altar-mor, com 16 metros de altura, Catedral de Sal. Parque de la Sal, carrera 6 com calle 1, Zipaquirá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.
No percurso de volta a Bogotá, paramos na bonita cidade de Cajicá, no Departamento de Cundinamarca.
Cajicá teve origem em um povoado aborígene que, acredita-se, tinha mais de vinte mil anos de existência; antes da chegada dos colonizadores, o local era ocupado pelos muíscas e governado por um cacique denominado, na língua dos índios, Zipa.
A conquista de Cajicá (nome que significa "fortaleza de pedra") pelos espanhóis, sob o comando de Gonzalo Jiménez de Quesada, ocorreu em 22 de março de 1537, no local conhecido por Monte Pincio, mas como centro urbano dos europeus, considera-se sua fundação coincidente com a data do término da construção da primeira igreja, em 1598; Cajicá tornou-se município em 1760.

Monumento ao alcalde (prefeito) mais lembrado da cidade, Enrique Cavelier Gaviria; atrás, um obelisco em homenagem a Simón Bolívar, El Libertador, tendo no alto uma águia com uma coroa de louros. Parque de Cajicá (Plaza Principal). Cajicá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.
No Parque Principal de Cajicá (Plaza), fomos visitar a Iglesia Inmaculada Concepción.
A primeira igreja de Cajicá, levantada com supervisão do mestre de-obras Juan del Hoyo e por determinação do ouvidor Miguel de Ibarra, em taipa, telha e tijolos, foi terminada em 1598, porém, após o tremor de terra em fevereiro de 1616, ficou bastante deteriorada.
Em 1760, Cajicá foi erigida em paróquia, consagrada a São Roque.
Em 1919, o padre Julio Avellaneda chegou à paróquia e alterou a denominação da igreja, consagrando-a à Imaculada Conceição.
Por iniciativa do padre Avellaneda, iniciou-se, em 1925, a construção da atual igreja, que durou 21 anos, sendo inaugurada em 8 de dezembro de 1946, obra concluída pelos arquitetos Juan de la Cruz Guerra e Julio Atehortúa, estando como pároco José del Carmen Castro.

Iglesia Inmaculada Concepción, carrera 4, n. 2-50, Parque de Cajicá (Plaza Principal). Cajicá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.

Nossa Senhora do Carmo, Iglesia Inmaculada Concepción, carrera 4, n. 2-50, Parque de Cajicá (Plaza Principal). Cajicá, Provincia de Sabana Centro, Departamento de Cundinamarca, Colômbia.
No nosso próximo post, vamos visitar Cartagena de Indias.
Fontes:
Wikipedia;
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