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Verona - Parte II - Região de Vêneto - Norte da Itália - 2023

  • Foto do escritor: Roberto Caldas
    Roberto Caldas
  • 20 de nov. de 2024
  • 13 min de leitura

Piazza delle Erbe, uma grande e bela praça de Verona, um lugar onde estava localizado, no passado, o Fórum da cidade romana; ao fundo, à esquerda, vê-se a Torre del Gardello, de tijolos vermelhos, erguida no século XIV, por volta de 1370, com 44 metros de algura, e que, no século seguinte, foi equipada com o relógio sineiro mais antigo da cidade, uma homenagem ao senhor de Verona Cansignorio della Scala; suas badaladas passaram a regular os assuntos públicos e privados dos veroneses; hoje, o sino está exposto no museu Castelvecchio. Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


Verona - Parte II


Partimos para conhecer a bela e lotada Piazza delle Erbe (Praça das Ervas), erguida no lugar do antigo Fórum Romano, rodeada por soberbos palácios da Idade Média e do Renascimento, como a Prefeitura, o Palácio da Justiça e a sede do Banco Popular de Verona, sendo alguns decorados externamente por afrescos; o lugar é muito turístico, com seu mercado de "lembrancinhas".


Em destaque, uma linda fonte, conhecida como Fontana Madonna Verona, montada por volta de 1368, por iniciativa de Cansignorio della Scala, então senhor de Verona, utilizando o corpo de uma estátua romana, possivelmente do século IV, completada com cabeça e braços, sobre uma grande piscina termal romana em mármore vermelho.




Fontana Madonna Verona, com emprego do corpo de uma estátua romana, instalada sobre uma grande piscina termal também romana. Piazza delle Erbe, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Case Mazzanti, conjunto de edifícios do século XIII, apresentando externamente afrescos do século XVI, de autoria de Alberto Cavalli. Piazza delle Erbe, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Antiga coluna encimada por uma edícula (casa pequena) do século XIV, em cujos nichos estão esculpidas em relevo as figuras da Virgem e dos santos Zenão, Pedro Mártir e Cristóvão, instalada no sudeste da praça. Piazza delle Erbe, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


No lado noroeste da Piazza delle Erbe, ergue-se o Palazzo Maffei, apresentando uma magnífica fachada barroca.


A parte mais antiga do prédio remonta ao fim da Idade Média, construído no lugar do Capitolium, um complexo votivo dedicado à tríade capitolina (Júpiter, Marte e Quirino), construída na época da República Romana, quando Verona tornou-se um município romano, em 49 a.C., e cujas fundações, perfeitamente conservadas, são ainda visíveis hoje.


O prédio, tal como podemos o admirar nos dias atuais, resulta de um imponente trabalho de engradecimento realizado no século XVII por Marcantonio e Rolandino Maffei, banqueiros, cujos negócios financeiros se desenvolviam nas proximidades da Piazza delle Erbe, conhecida, à época, também como Piazza Grande (Praça Grande).


A construção, provavelmente iniciada em 1626, foi, na sua maior parte, concluída em 1668, com a fachada decorada com estátuas, pilastras, semicolunas e capitéis; seu projeto é atribuído ao erudito Scipione Maffei, pertencente a um braço colateral da família.


O palácio, hoje, abriga um museu de arte, expondo obras (pinturas, gravuras, desenhos, esculturas, miniaturas, livros antigos, cerâmicas, móveis e objetos decorativos) desde a Antiguidade até os dias atuais, inclusive de artistas de renome internacional, como Picasso, Modigliani, Max Ernst e Marcel Duchamp.


Em frente ao Palazzo Maffei, está a coluna de mármore com o Leão de São Marcos, com o evangelho aberto com a escrita "Pax" e a cauda baixa; a estátua, que representa simbolicamente o evangelista São Marcos em forma de leão alado, realizada em 1523, relembra a vitória e o domínio de Veneza sobre a cidade (1405 a 1797).




Palazzo Maffei, do século XVII, que alterna motivos arquitetônicos renascentistas com excentricidades barrocas, comporta três pisos: o térreo, encontram-se cinco arcos de um falso pórtico, alternados com pilastras dóricas; o primeiro andar, caracterizado por uma sequência de cinco grandes portas encimadas por frontões alternadamente curvos e triangulares, separados por semicolunas jônicas com mascarões, e abrindo para varandas balaustradas, que dão para praça; o segundo andar, caracterizado por três janelas, quase quadradas, e duas portas com varandas, alternadas com pilastras com decorações florais, e encimadas por uma balaustrada finamente desenhada; a história antiga é colocada em cena, graças às seis estátuas, da direita para esquerda: Hércules, Júpiter, Vênus, Mercúrio, Apolo e Minerva; em frente ao prédio, encontra-se uma coluna encimada pelo Leão de São Marcos, relembranado a vitória e o domínio de Veneza sobre a cidade. Piazza delle Erbe, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


Fomos, ainda, a Casa di Giulietta (Casa de Julieta), localizada na via Cappello, 23, onde supostamente viveu Giulietta Capuleti (em italiano original, Cappelletti), a protagonista feminina da estória trágica "Romeo e Giulietta" (Romeu e Julieta), que, inicialmente, foi escrita por Luigi da Porto, entre 1512 e 1524, publicada em 1531 e dramatizada para o teatro pelo poeta e dramaturgo William Shakespeare, sua versão mais famosa.


A estória de Romeu e Julieta é a de amor por excelência; amor que é maior que tudo e que consegue anular as leis do ódio; embora suas respectivas famílias veronesas - Montecchi e Cappelletti (aqueles, gibelinos, apoiadores do imperador germânico x estes, guelfos, partidários do papa) - estejam em guerra entre si, Romeu e Julieta se apaixonam durante um baile de máscaras; amor imediato e irresistível; naquela mesma noite, os dois amantes se declaram e decidem casar-se diante de Frei Lourenço; no entanto, após um duelo, Romeu é exilado e os dois cônjuges podem assim viver apenas uma noite de amor; para não se casar com um nobre escolhido pelos pais, Julieta beberá uma poção que o frade lhe deu e que a fará cair numa espécie de morte aparente durante 42 horas; mas Romeu não é avisado a tempo do plano e, acreditando que Julieta está morta, junta-se a ela no túmulo e se mata; ao acordar, vendo seu amado já sem vida, ela tira a própria com adaga dele.


A casa-torre do número 23 da via Cappello tem origem medieval e está documentada desde 1351; abrigava uma pousada, chamada del Cappello, propriedade dos herdeiros de um certo Antonio Cappello, o que é atestado pela placa com o chapéu que ainda hoje pode ser vista na chave do arco que dá para o pátio interno; a família veronesa Cappello nada teve a ver com os Cappelletti citados no "Purgatório" de Dante.


Depois que se descobriu uma suposta Tumba de Julieta, passou-se a apontar o prédio como a residência da família dela; entre o final do século XVIII e o início do século XIX, a Casa de Julieta foi reconhecida como um todo e muitos visitantes europeus começaram a visitar a Casa e o Túmulo de Julieta numa peregrinação romântica e shakespeariana.


Em 1905, a casa foi leiloada pelos proprietários, sendo adquirida pela Comuna de Verona, mas continuou a ser alugada para particulares até a década de 1930.


Entre 1939 e 1940, Antonio Avena, diretor dos Museus Cívicos de Verona, promoveu uma intervenção de restauro, em estilo neomedieval, tornando o local um cenário teatral para ambientar os episódios nos quais estavam envolvidos os dois jovens amantes, em reforço ao mito literário; na ocasião, se instalou o balcão, que é palco de uma das cenas mais famosas da peça teatral shakespeariana.


No início da década de 1970, o novo diretor dos Museus Cívicos de Verona, Licisco Magagnato, providenciou a reorganização da casa seguindo o projeto de Avena; em 1972, a estátua de Julieta, obra de Nereo Costantini, foi colocada no pátio e, em 1º de junho de 1973, a Casa de Julieta foi aberta ao público.




Acesso ao pátio da Casatorre di Giulietta; as primeiras construções do conjunto datam, possivelmente, do século XIII; no alto, uma placa diz: "Estas foram as casas dos Capuletos de onde veio Julieta, por quem tanto choraram os corações gentis e os poetas cantaram. Séculos 13 e 14 d.C." (tradução livre do italiano). Via Cappello, 23, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Fachada da Casa di Giulietta voltada para o pátio interno; o prédio foi restaurado no final da década de 1930 e início da de 1940, no estilo neomedieval, ocasião em que foi instalado o balcão visto à esquerda; o balcão é composto por uma laje original e outros elementos, respeitando o mesmo estilo; a laje central, em pedra macia de Avesa (localidade da comuna de Verona), data do século XIV e provém dos palácios dos senhores Della Scala; integrado à fachada por meio de dois suportes moldados, o balcão dos dois amantes trágicos é inspirado nos túmulos suspensos do século XIV. Via Cappello, 23, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Cópia da estátua em bronze de Julieta, de 2014, localizada no pátio da Casa di Giulietta; a estátua original, obra do escultor italiano Nereo Costantini, de 1969, encontra-se no interior do prédio, precisamente na Sala do Balcão, para melhor conservação; a obra relembra o ato de paz das famílias enlutadas, descrito no drama de Shakespeare, no qual o pai de Romeu anuncia que erguerá uma estátua em homenagem a Julieta, em sinal de conciliação com os Capuletos. Via Cappello, 23, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


Continuando nossa visita, percorremos o Corso Santa Anastasia, momento em que nos deparamos, no n. 38, com a antiga residência do juiz Pietro Alighieri, filho de um dos maiores poetas e, praticamente, o formulador da atual língua italiana, Dante Alighieri, autor da "Divina Comédia", publicada em 1321.


Pietro Alighieri e seus descendentes residiram no local de 1362, ano em que o imóvel foi adquirido pelo filho de Dante, a 1453.


O imóvel, na época, não tinha as caracteristicas do prédio atual, posto que, posteriomente, ele foi adquirido pela família Bevilacqua, que promoveu, na primeira metade do século XIX, duas intervenções, por iniciativa do conde Gaetano Bevilacqua, que o deixaram com o aspecto exterior de hoje, projeto do arquiteto Francesco Ronzani; hoje, o edifício é conhecido como Palazzo Bevilacqua su Corso Santa Anastasia, estilo neoclássico tardio, mantendo alguns elementos medievais.




Palazzo Bevilacqua su Corso Santa Anastasia, antiga residência do juiz Pietro Alighieri, filho de Dante Alighieri, o poeta maior italiano, adquirida em 1362. Corso Santa Anastasia, 38, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


No final da rua, encontramos a Basilica di Santa Anastasia.


O templo ainda conserva o nome da pequena igreja preexistente da época lombarda, dedicada à virgem Anastasia, mártir do século IV (Anastácia de Sírmio). O edifício ficava no final do Decumanus Maximus (Decúmano Máximo, a via principal da cidade romana, que a cortava na direção leste-oeste).


Por volta de 1290, a ordem dominicana aqui se instalou e iniciou a construção da basílica em estilo gótico, dedicada a São Pedro Mártir, dominicano originário de Verona e padroeiro, junto com São Zenão, da cidade.


A obra foi possível graças à contribuição da família Della Scala, que governou Verona do final do século XIII até o final do século XIV; Santa Anastasia, que foi terminada na metade do século XV, é a maior igreja da cidade.


A basílica é composta por três grandes naves, sustentadas por doze imponentes colunas de mármore vermelho; cinco capelas abrem-se para o transepto; do lado esquerdo, fica o antigo oratório do convento, Cappella Giusti.




Fachada da Basilica di Santa Anastasia, estilo gótico, erguida entre os século XIII e XV. Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Fachada inacabada da Basilica di Santa Anastasia, onde se veem em destaque o portal de ponta de mármore, sobre ele uma rosácea, e, nos lados, duas grandes janelas, divididas por colunas, permitindo a iluminação das naves laterais; no lado direito do portal, vêem-se dois painéis de mármore: o superior, representanto o martírio de São Pedro Mártir; o inferior, a pregação de São Pedro Mártir. Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Belíssimo portal da Basilica de Santa Anastasia, datado da primeira metade do século XIV; na parte inferior está a porta dividida em dois corpos encimados por dois arcos pontiagudos, todos enquadrados pelo portal gótico, composto por um conjunto de cinco arcos pontiagudos sobrepostos, que são sustentados por cinco colunas ornamentais altas e leves em mármore vermelho, branco e preto (na fotografia, parece azul); na luneta principal, há um afresco representado a Santíssima Trindade; nas duas lunetas menores, que estão sobre as duas folhas da porta, veem-se, à esquerda, um afresco no qual São Pedro Mártir conduz os frades com o estandarte alvinegro dos dominicanos, e, à direita, um afresco representando o bispo conduzindo o povo de Verona com a bandeira da cidade; sob os arcos das folhas da porta, está uma arquitrave decorada em baixo-relevo com seis representações por ordem cronológica da vida de Cristo: a Anunciação, o Nascimento de Jesus, a Adoração dos Magos, o caminho do Calvário, a Crucificação e a Ressurreição; nos lados da arquitrave existem duas estátuas: à esquerda, a imagem de Santa Anastácia, à direita, a de Santa Catarina da Roda (Santa Catarina de Alexandria); no centro da arquitrave, acima da elegante coluna que divide as duas folhas da porta e apoiada sobre uma prateleira, encontra-se uma estátua, de tamanho maior que as duas laterais, que representa a Virgem com o Menino. Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.



Interior da Basilica di Santa Anastasia; observa-se a extraordinária homogeneidade cromática que permeia todo o grande espaço interno, desde as decorações florais das abóbadas à delicada cor vermelha dos mármores das doze colunas que sustentam a igreja. Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


No lado esquerdo da Basilica di Santa Anastasia, no antigo pátio de entrada do complexo conventual dos dominicanos, hoje pertencente ao Conservatorio di Verona "Evaristo Felice Dall'Abaco", encontramos quatro arcas funerárias denominadas "esquecidas".


A primeira encontra-se sobre a entrada externa do pátio; trata-se da Arca di Guglielmo di Castelbarco, também conhecida como Arca Rossa (Arca Vermelha), um dos poderosos de Verona no século XIII, que, junto com a família Della Scala, doou recursos para a construção da Basilica di Santa Anastasia.




Arca di Guglielmo di Castelbarco, monumento funerário, erguido no início do século XIV, atribuído ao escultor Rigino di Enrico, para receber os restos mortais do poderoso senhor; o monumento é composto por quatro colunas que sustentam o tabernáculo, enquanto o túmulo é sustentado por dois leões de pedra e tem esculpida em posição central a figura de Nossa Senhora com o Menino, diante da qual o próprio Guglielmo está ajoelhado com as mãos postas, como sinal de obediência e devoção. Pátio do Conservatorio di Verona, Piazza Santa Anastasia, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


As três outras arcas "desconhecidas" encontram-se encostadas na parede comum da Chiesa di San Giorgetto e do pátio de entrada do conservatório; são as: de Leonardo da Quinto, importante e famoso jurista do século XIV, instalada em 1382; de Guinicello dei Principi, que, segundo alguns dizem, foi colocada por volta de 1273 ou 1283, depois ocupada pela família Verità, que nela colocou o seu brasão; e a de Bartolomeo Dussàimi, outra importante figura do período da família Scaligeri, bem conservada e também atribuída ao escultor Rigino di Enrico.




Arcas funerárias, da esquerda para a direita, de Leonardo da Quinto, esculpida em mármore vermelho de Verona, de Guinicello dei Principi, depois ocupada pela família Verità, que apôs seu brasão (à direita) na frente do túmulo, e de Bartolomeo Dussàimi, atribuída ao escultor Rigino di Enrico. Parede comum da Chiesa di San Giorgetto e do pátio de entrada do Conservatorio di Verona, Piazza Santa Anastasia, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Arca di Bartolomeo Dussàimi, urna retangular, encostada na parede e elevada do chão, sustentada por dois robustos pedestais adornados com rosetas; acima, vê-se um elegante pavilhão com cobertura de duas águas, arco trilobado pontiagudo, adornado com friso com motivos vegetalistas; a urna é decorada com uma grande moldura com motivos vegetalistas, sobre três arcos, novamente com três lóbulos: ao centro a Virgem com Jesus no joelho esquerdo, sentada num trono bizantino; à esquerda, um bispo apresenta Dussàimi ajoelhado diante de Nossa Senhora; à direita, uma santa, em pé, com pergaminho. Parede comum da Chiesa di San Giorgetto e do pátio de entrada do Conservatorio di Verona, Piazza Santa Anastasia, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


Em seguida, nos dirigimos para a Piazza Duomo, para conhecer a Cattedrale di Santa Maria Assunta (Duomo di Verona).


Na verdade, se trata de um complexo composto pela própria catedral, Chiesa di San Giovanni in Fonte, Chiesa di Sant'Elena e Chiostro dei Canonici.


A primeira basílica cristã primitiva foi construída na área atualmente ocupada pela Chiesa di Sant'Elena.


Consagrada por São Zenão, bispo de Verona entre 362 e 380, logo se revelou demasiado pequena e, algumas décadas depois, foi construída uma basílica maior.


A segunda basílica cristã primitiva ruiu, provavelmente no século VII, devido a um violento incêndio ou, talvez, a um terremoto.


A reconstrução foi liderada pelo arquidiácono Pacífico, entre os séculos VIII e IX; a nova catedral, referida como S. Maria Matricolare, foi deslocada para o sul, para a zona onde se encontra o atual edifício.


A igreja foi gravemente danificada pelo terremoto de 1117. As obras de restauro continuaram durante pelo menos vinte anos: foram confiadas ao arquiteto e escultor Pelegrinus; o edifício adquiriu as dimensões atuais e foram construídos os dois pórticos românicos; estes são obras do escultor Nicholaus que, em 1139, substituiu Pelegrinus na direção do canteiro, conservando, assim, a memória do estilo românico do Vale do Pó.




Fachada da Cattedrale di Santa Maria Assunta (Duomo di Verona); a fachada saliente é dividida em três partes por dois contrafortes de seção triangular; no centro, vê-se o portal de entrada aberto, embelezado por esculturas representando dez profetas menores e, escondidos atrás das colunas retorcidas, os paladinos Orlando e Oliviero da corte de Carlos Magno, fechado por uma luneta (semicírculo) com relevos policromados representando a Nossa Senhora entronizada com o Menino Jesus; o portal é protegido por um pórtico duplo com pequenas colunas retorcidas apoiadas em dois grifos, bela obra do mestre Nicholaus criada por volta de 1139; na arquitrave, há três medalhões nos quais estão esculpidas as alegorias das virtudes teologais (fé, esperança e caridade); sobre o pórtico superior encontra-se uma rosácea que ilumina a nave central e, mais acima, o brasão do cardeal e bispo Agostino Valier, que, em 1587, encomendou as últimas obras da fachada; para iluminar as naves laterais há duas altas janelas góticas divididas por colunas. Piazza Duomo, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.




Detalhe do portal do Duomo di Verona, no qual se veem, na luneta (semicírculo), os relevos policromados, no centro, da "Virgem com o Menino", e, nos lados, das representações, à esquerda, da "Anunciação aos Pastores" e, à direita da "Adoração dos Magos"; nas jambas (pequenas colunas em sequência) do portal, estão representados quatro profetas menores: da esquerda para direita: Ageu, Zacarias, Miqueias e Joel; à direita, a coluna retorcida sustentada por um grifo, e, em continuação à coluna, no alto, a representação de São João Batista com o braço estendido; vizinho à monumental entrada, logo à frente, o “L’Angelo Blu dell’Accoglienza (O Anjo Azul do Acolhimento), escultura do artista Albano Poli, instalada em 8 de maio de 2015, indicando a "Porta Santa" da Catedral, no Jubilei Extraordinário da Misericórdia daquele ano. Piazza Duomo, Verona, capital da província homônima, Região de Vêneto, Itália.


Continuamos no próximo post na cidade de Verona, visitando a famosa Arena di Verona, anfiteatro romano do século I d.C..


Fontes:


Wikipedia;


Guide: Fabuleuse Italie du Nord: Rome, Florence, Venise, pesquisa e redação de Louise Gaboury, direção de Claude Morneau, versão eletrônica, 2019, Guides de Voyage Ulysse, Québec, Canada.














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