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Valparaíso e Viña del Mar - Chile - 2010

  • Foto do escritor: Roberto Caldas
    Roberto Caldas
  • 11 de out. de 2021
  • 13 min de leitura

Reloj de Flores, frente ao balneário de Caleta Abarca, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


De Santiago partimos para o que chamamos de bate-volta. Fomos de ônibus às cidades litorâneas de Valparaíso e Viña del Mar. A primeira é sede do Congresso Nacional do Chile, do Comando-em-Chefe da Armada de Chile, da Primeira Zona Naval e de uma das residências do famoso poeta chileno Pablo Neruda; a segunda, é conhecida por seu relógio de flores e o Festival Internacional de la Canción de Viña del Mar, particularmente com participação de intérpretes de músicas em espanhol.


1 - Valparaíso


Valparaíso é uma cidade muito peculiar. Ela se estende pela costa do Pacífico, com seus bairros se expandindo por uma colina, formando um anfiteatro natural que oferece belas vistas da baía de mesmo nome.


A nossa primeira visita na cidade foi ao edifício do Congreso Nacional, situado na avenida Pedro Montt.


O Congreso Nacional funcionou, de 1876 a 1973, no então Palacio del Cogreso Nacional, em Santiago, hoje Palacio del ex Congreso Nacional, que atualmente abriga a Convenção Constitucional, responsável pela elaboração da nova constituição do Chile.


O novo edifício do Congreso Nacional de Chile, erguido em Valparaíso, é obra dos arquitetos chilenos Juan Cárdenas, José Covacevic y Raúl Farrú. A construção iniciou em 1988 e foi inaugurada em 1990, quando as duas casas do Congreso Nacional passaram a funcionar no prédio.


O projeto, de arquitetura contemporânea, é organizado em dois eixos, norte-sul e leste-oeste (cordilheira-mar), em cuja intercessão está o Salão do Congresso Pleno, que se acessa pela avenida Pedro Montt. No este do prédio, estão a sala de sessões da Câmara de Deputados, em direção à avenida Argentina, e a do Senado, em direção à Calle Raawson, cada uma com sua própria entrada. Na parte alta do edifício estão os gabinetes dos parlamentares.


Edifício do Congreso Nacional de Chile (1990), a partir da avenida Pedro Montt. Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile




Edifício do Congreso Nacional de Chile, a partir da avenida Pedro Montt. Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile


Decidimos, então, visitar uma das casas de Pablo Neruda, La Sebastiana, no alto da colina. Para isso, fomos em um ônibus de linha municipal.


Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto, que utilizava o pseudônimo Pablo Neruda (depois tornou-se seu nome oficial) foi um poeta e político chileno, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1971. Dentre suas obras mais destacadas estão sua autobiografia "Confesso que vivi" e os livros de poesias "Canto Geral" e "Vinte poemas de amor e uma canção desesperada".


Como diplomata, Neruda serviu em Rangoon na antiga Birmânia, atual Miamar, Colombo, no antigo Ceilão, hoje Sri Lanka, Batavia, na ilha de Java (então possessão dos Países Baixos), atualmente parte da Indonésia, Buenos Aires, Argentina, Barcelona e Madri, Espanha, Cidade do México, México, e Paris, França. De cada um desses lugares, ele absorveu impressões que influenciaram na sua obra literária. Também colecionou objetos, em suas viagens pelo mundo, que ele espalhou por suas três casas: La Chascona, em Santiago, Isla Negra (onde repousam seus restos mortais) e La Sebastiana, ambas em Valparaíso.


La Sebastiana foi iniciada pelo arquiteto espanhol Sebastián Collado, na década de 1950, para passar seus últimos anos de vida, porém a morte o levou antes do término da obra. A família a vendeu a Neruda em 1961. A casa originalmente tinha quatro andares; o quinto foi acrescentado por Neruda. Assim como as demais casas, Neruda a decorou com coisas que ele apreciava, algumas que adquiriu nos diversos lugares pelos quais passou. Uma das mais curiosas que nós vimos foi um cavalo de carrossel, supostamente de origem francesa.


As vistas da baía de Valparaíso que as amplas janelas de vidro da casa e o terraço da propriedade proporcionam são um espetáculo à parte.



La Sebastiana, calle Ricardo de Ferrari, 692, Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.




A vista da baía a partir do mirante de La Sebastiana, com destaque para o porto. Calle Ricardo de Ferrari, 692, Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.


Na sequência, acessamos o Cerro Artillería, por meio de um funicular tomado nas proximidades do porto, para uma visita ao Museo Naval y Marítimo, hoje, Museo Marítimo Nacional, instalado desde 1988 no prédio da antiga Escuela Naval, no Paseo 21 de Mayo. O museu abriga em suas dependências objetos relacionados à história marítima chilena, particularmente a militar, e o Archivo Histórico de la Armada, com o patrimônio documental da Armada de Chile, que fica à disposição para os pesquisadores e o público em geral.


Pela própria disposição geográfica do Chile, é fácil observar que o mar é fundamental para o país. Seu território fica espremido entre as alturas da formidável Cordilheira dos Andes e as águas do oceano Pacífico, contando, considerando-se os recortes, com mais de 6.400 quilômetros de litoral. Por isso a importância que o Estado e a própria sociedade chilena dá à sua história marítima e, em particular, à sua história naval.


Tanto que um dos maiores heróis do país, Arturo Prat, foi um capitão da Armada de Chile que combateu na Guerra del Pacífico (1879-1884), travada entre o Chile e a colisão Peru-Bolívia, principalmente pelo domínio da região desértica de Atacama, rica em guano (excremento de aves marinhas utilizado como fertilizante agrícola) e salitre (uma mistura natural de nitrato de sódio com outros sais, dentre eles o nitrato de potássio, empregado na agricultura e na indústria de alimentos, particularmente para realçar o sabor ). Em razão disso, o conflito também é conhecido como Guerra del Guano y del Salitre.


As consequências geradas pelo conflito armado para a Bolívia e o Peru foram dramáticas: aquela perdeu o domínio sobre o Departamento del Litoral, ou seja, sua única saída soberana para o mar, e este, parte da Provincia de Tacna e toda a Provincia de Arica e a Región de Tarapacá. Saliente-se que até hoje os tratados que fizeram cessar a guerra não pacificaram os desentendimentos: restaram ressentimentos do povo peruano em relação aos chilenos, enquanto a Bolívia reivindica até hoje a sua saída soberana ao oceano Pacifico.



Subida ao Cerro Artillería por meio do funicular Ascensor Artillería (2ª linha, 1908); em destaque, a Casona de Campusano (azul), de 1908-09, obra dos italianos Renato Schiavon e Arnaldo Barison, estilo vitoriano com detalhes neoclássicos e neogóticos. Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.




Vista do Porto de Valparaíso a partir da Subida Artillería, 301, Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.




Paseo 21 de Mayo, próximo ao Museo Marítimo, Cerro Artillería, Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.



O prédio da antiga Escuela Naval, que abriga o Museo Marítimo Nacional, é um imóvel histórico de dois andares, construído entre 1884 e 1893, com base no projeto do arquiteto alemão Carlos von Moltke, predominantemente de estilo neorrenascentista. Nele funcionou, desde sua inauguração, em 1893, até 1967 a Escuela Naval, quando então esta foi transferida para um novo prédio, localizado na avenida González de Hontaneda, n. 11, Playa Ancha, em Valparaíso. Após usos diversos, passou a abrigar, em 1988, na sua ala norte, o Museo Marítimo, e, desde 2001, nas demais dependências, o Comando de Operaciones Navales de la Armada.



Sede do Museo Marítimo Nacional e do Comando de Operaciones Navales de la Armada, antiga Escuela Naval (1893), estilo neorrenascentista. Paseo 21 de Mayo, Cerro Artillería, Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.


Um dos mais interessantes objetos apresentados no Museo Marítimo é a maquete da Corbeta (corveta) Esmeralda, que participou de um dos episódios mais heroicos da Armada chilena: durante a Guerra del Pacífico, o navio de guerra, comandado pelo capitão-de-fragata Arturo Prat, no Combate Naval de Iquique, enfrentou, no dia 21 de maio de 1879, o encouraçado peruano Monitor Huáscar, do almirante Miguel Grau; na ocasião, o barco peruano realizou uma manobra para danificar e afundar a embarcação chilena, jogando-se contra ela como se fosse um aríete; com a aproximação dos barcos, o comandante Prat lançou o grito "À abordagem, rapazes", mas, em razão do barulho do choque entre as duas embarcações de guerra, seu clamor somente foi ouvido pelo segundo-sargento Aldea e o marinheiro Canave, os únicos que o seguiram na invasão ao Huáscar para tomá-lo de assalto; o último caiu ao mar e Prat e Aldea terminaram mortos a tiros tentando acessar a torre de comando do Huáscar; após mais duas manobras de arremesso contra a corveta Esmeralda, esta afundou com toda a tripulação, sendo que 63 marinheiros sobreviventes foram içados do mar por ordem do almirante Grau, que os levou a Iquique como prisioneiros de guerra.




A maquete da Coberta Esmeralda, a estrela do museu. Museo Marítimo Nacional. Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.


O navio-escola da Armada de Chile, que tem como função realizar a viagem de instrução dos guardas-marinha e dos graduados, foi entregue pelos estaleiros de Cádiz, Espanha, ao Chile, em 1954, tendo sido batizado de Esmeralda em homenagem à corveta chilena, comandada por Arturo Prat, que afundou no Combate Naval de Iquique, em 1879.




Detalhe da primeira figura de proa (condor) do navio-escola Esmeralda (1954). Museo Marítimo Nacional, Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.




Vista da baía de Valparaíso a partir do Paseo 21 de Mayo. Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.


Em seguida, descemos do Cerro Artillería pelo funicular e, seguindo pela via litorânea, passamos em frente ao Monumento a los Héroes de Iquique, localizado no centro da Plaza Sotomayor.


O monumento foi erguido em homenagem aos heróis navais que lutaram nos combates de Iquique e Punta Gruesa, em 21 de maio de 1879, e sua inauguração se deu em 21 de maio de 1886. O arquiteto francês Norbert Maillart projetou a obra, e os escultores Dennis Pierre Puech, também francês, e Virginio Arias, chileno, ficaram responsáveis pelas estátuas.


No alto do monumento encontra-se Arturo Prat; em um segundo nível, estão as estátuas de Ignacio Serrano, Ernesto Riquelme, Juan de Dios Aldea e um marinheiro desconhecido. Sob o monumento, em nichos, estão os restos mortais de Prat, Condell, Serrano, Aldea e outros membros da Armada que participaram dos combates navais.


O grande herói Arturo Prat Chacón ingressou na Escuela Naval de Valparaíso aos dez anos de idade tendo atingido o posto de guarda-marinha em 1861; combateu na Guerra contra España, em 1865-66; ingressou no curso de Direito da Universidad de Chile, em 1872, tendo obtido o título de bacharel em leis, em 1876, e advogado, no mesmo ano; em razão da formação jurídica, ajudou na redação do projeto da Lei de Navegação, que entrou em vigor em 1878, e também do projeto preliminar do Código Marítimo; durante a Guerra del Pacífico, o capitão de fragata Prat, então comandante da corveta Esmeralda, recebeu a missão, em maio de 1879, de manter o bloqueio marítimo do porto de Iquique, na época pertencente ao Peru, com auxílio da goleta Covadonga, esta comandada por Carlos Condell de la Haza ; em 21 de maio de 1879, os barcos chilenos foram atacados pelos navios de guerra blindados peruanos Huáscar e Independencia; Esmeralda, uma corveta de madeira, entrou em combate com o poderoso Huáscar, que, após bombardear aquela, realizou por três vezes manobras de arremesso contra a embarcação chilena, como um aríete, acabando por afundá-la; durante o combate; Prat, de forma temerária, aproveitando-se da aproximação dos navios, saltou a bordo do Huáscar, acompanhado de mais dois militares, o sargento Aldea e o marinheiro Canave, sendo que este último caiu ao mar, enquanto Prat e Aldea foram mortos por disparos de armas de fogo.


Em frente ao monumento aos heróis de Iquique encontra-se o Edificio Armada de Chile, antiga Intendencia de Valparaíso. O prédio é obra do arquiteto chileno Ernesto Urquieta e foi inaugurado em 1910, em comemoração ao centenário da República. De arquitetura eclética com elementos do renascimento francês, foi inspirado no Hôtel de Ville de Paris. Erguido para ser a sede da Intendencia da cidade, após a saída dessa instituição para outro local, em 1982, passou a abrigar a Primera Zona Naval e, posteriormente, a Comandancia en Jefe de la Armada.



Monumento a los Héroes de Iquique (1886), na Plaza Sotomayor, tendo em destaque, no alto, a estátua do capitão de fragata Arturo Prat; à direita, ao fundo, o Edificio Armada de Chile, antiga Intendencia de Valparaíso (1910). Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.




Cargueiro Capricorn, Idt C6XJ8, 141.03 x 22.33, Bandeira de Bahamas (1990), Porto de Valparaíso, capital da província de mesmo nome, Chile.


Na sequência, ingressamos em um ônibus e, em pouco tempo, chegamos em Viña del Mar.


2 - Viña del Mar


O nome da cidade se deve ao fato de que, no terreno entre a margem norte do rio Marga-Marga e o mar, Alonso de Riveros, por volta de 1580, plantou um vinhedo, passando o lugar a ser conhecido como Viña del Mar. Mas sua organização se deu, efetivamente, quando, no último terço do século XIX, os proprietários da fazenda, o casal José Francisco Vergara e Mercedes Álvarez Pérez, resolveram urbanizar os terrenos necessários para a instalação das ruas, praças e edifícios públicos, em conformidade com um plano aprovado pelas autoridades de Valparaíso em 29 de dezembro de 1874. Em 31 de maio de 1881, foi promulgado o decreto que criou a municipalidade de Viña del Mar.


Apesar de, na sua origem, ter tido um rápido desenvolvimento industrial, a partir de 1906, a cidade passou a ser mais um destino para descanso das classes abastadas de Valparaíso e Santiago, particularmente como um balneário marítimo.


Hoje, é um dos centros turísticos mais importantes do país, além de ser a sede anual do Festival Internacional de la Canción de Viña del Mar. Vale lembrar que o cantor brasileiro Roberto Carlos, o Rei, foi destaque desse festival nas edições de 1989 e 2011.


Fomos a Plaza Sucre e visitamos o edifício do Club de Viña del Mar. O clube foi criado por iniciativa do comerciante Jorge Borrowman Osman, em 1901, para promover reuniões de parte da aristocracia nacional que ia descansar na cidade e os abastados locais. A sede definitiva foi inaugurada em 1910, sendo obra do arquiteto italiano Ettore Petri Santini, em estilo neoclássico.



Club de Viña del Mar (1910), prédio neoclássico, obra do arquiteto Ettore Petri Santini, Plaza Sucre 208-272, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Uma das mais bonitas atrações da cidade é o Teatro Municipal de Viña del Mar, na Plaza Vergara. O terreno, no qual o teatro foi erguido, resultou de uma doação feita pela esposa do fundador da cidade, Mercedes Álvarez, para essa finalidade. A construção se deveu também em razão de a cidade ter-se transformado em um importante centro da vida social de Santiago e de Valparaíso.


As obras do edifício duraram de 1925 a 1930, com base no projeto dos arquitetos Renato Schiavon, italiano, e Aquiles Landoff, francês, em estilo neoclássico (historicista).




Teatro Municipal de Viña del Mar (1930), estilo neoclássico, onde se destacam as colunas da ordem jônica. Plaza Vergara, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Dirigimo-nos à praia, onde encontramos mais uma famosa atração turística da cidade: o Reloj de Flores.


O motivo de sua construção foi a escolha da conhecida Ciudad Jardín, em 1962, como sede da sétima edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol, competição memorável para os brasileiros, já que a seleção "canarinha" sagrou-se campeã, com o escrete formado por craques do quilate de Pelé, o nosso "Rei do Futebol", Garrincha, o "Anjo de Pernas Tortas", Didi, o da "folha seca", Vavá, o "Leão da Copa", goleiro Gilmar, o "Campeão de Tudo", Djalma Santos, o "maior lateral-direito de todos os tempos", Nilton Santos, o "maior lateral-esquerdo de todos os tempos", Pepe, o "Canhão da Vila", Zito, o "Gerente", Bellini, o "capitão que levantou a taça com as duas mãos acima da cabeça", e nosso eterno Zagallo, campeão do mundo duas vezes como jogador (1958 e 1962), uma como técnico (1970) e uma como coordenador técnico (1994).


A máquina do relógio foi adquirida da Fábrica Favag, em Neuchatel, parte francesa da Suíça, e a inauguração do relógio se deu em 15 de maio de 1962.


A engrenagem original já foi substituída em duas oportunidades, sendo que, na última, o sistema mecânico foi trocado por um computador.


As flores não podem ultrapassar 10 centímetros, para que não dificultem o movimento dos ponteiros, e são trocadas a cada 3 meses.



Reloj de Flores (1962), frente ao balneário de Caleta Abarca, para embelezar a cidade durante a Copa do Mundo de 1962, aos pés do Cerro Castillo, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Daí seguimos pela calçada litorânea, alcançando uma das praias próprias para banho da cidade, Caleta Abarca.


O problema é que o mar tem ondas fortes, e a água do oceano Pacífico, para nós nordestinos, é muito gelada.



Playa Caleta Abarca, próximo do Summer Club, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.




Playa Caleta Abarca, vendo, à direita, Waterfront Restaurant e, à esquerda, Hotel Sheraton Miramar, onde grande parte dos artistas que participam do Festival Internacional de la Canción se hospedam , Avenida Marina, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Nada melhor, em um dia quente, que se refrescar no mar, mesmo que a água pareça ter saído da geladeira.


Saindo das águas da Playa Caleta Abarca (Oceano Pacífico), Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Continuando nosso passeio na orla, nos deparamos com o Castillo Ross, atual sede do Club Unión Árabe.


O Castillo Ross foi construído em 1912 por encomenda do negociante e político Gustavo Ross Santa María, que também foi ministro da Fazenda do governo Arturo Alessandri Palma. É uma réplica de uma residência escocesa do século XIX, tendo sido projetado pelo arquiteto chileno Alberto Cruz Montt. Em 1967, passou a ser a sede do Club Unión Árabe.



Passeio marítimo, do qual pode-se ver, no centro, o Castillo Ross, 1912, sede do Club Unión Árabe. Avenida Marina, 50, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.




Hotel Sheraton Miramar, o das estrelas do Festival da Canção, pelo outro lado, Av. Marina, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Na sequência, continuando na via litorânea, nos deparamos com o Castillo Wülff, saído das lendas do norte da Europa.


O edifício foi concluído em 1906 por iniciativa do rico empresário alemão Gustavo Wülff, sobre um promontório rochoso da costa, entre a foz do rio Marga-Marga e o balneário Caleta Abarca. Na década de 1910, Wülff contratou o famoso arquiteto chileno Alberto Cruz Montt para transformar o prédio em um castelo. A madeira, que predominava na construção, foi substituída por pedra, o térreo foi ampliado, com dependências adicionais, e a parte externa foi embelezada com parapeitos, torres e ameias dignas de uma mansão europeia. O acréscimo que chama mais atenção, na reforma, é uma torre redonda, erguida em uma rocha e ligada ao castelo por uma ponte de piso de vidro, a partir do qual se pode ver as ondas batendo nas pedras.




Castillo Wülff, estilo franco-germânico inspirado em uma antiga mansão de Liechtenstein, pertenceu ao alemão Gustavo Wulff, Avenida Marina, 37, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.




Castillo Wülff , casa construída em 1906 e transformada em castelo a partir de 1910; à direita, vê-se a foz do rio Marga-Marga, Avenida Marina, 37, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


No outra margem da foz do rio Marga-Marga, nos deparamos com o Casino Municipal de Viña del Mar. O prédio é um projeto dos arquitetos Alberto Risopatrón e Ramón Acuña, que também foram os diretores da obra; foi inaugurado em 31 de dezembro de 1930.


O edifício possui um aspecto de um palácio, com um entrada monumental e grandes jardins, e nele está instalado o Hotel del Mar. Hoje o conjunto é explorado pelo grupo Enjoy Casinos y Resorts.


Entrada do Hotel del Mar, do complexo Casino Municipal de Viña del Mar (1930) atual Enjoy Viña del Mar, Avenida San Martín, 199, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Como ninguém é de ferro, paramos no Bar-Restaurant La Flor de Chile e comemos uma tortilla castellana com uma cerveja Escudo. Bon appétit!


No Bar-Restaurant La Flor de Chile, antigo armazém (1930), degustando a Tortilla Flor de Chile e cerveza Escudo, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.



No Bar-Restaurant La Flor de Chile, na companhia da Tortilla Flor de Chile e cerveza Escudo. Avenida 8 Norte, 601, esquina 1 poniente, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Para encerrar o passeio, fomos ao Museo de Arqueología e Historia Francisco Fonck, ou simplesmente Museo Fonck.


O Museu foi criado em 1937 com a finalidade de dotar Viña del Mar de um equipamento voltado para a arqueologia. Seu nome tem por finalidade homenagear Franz Adolf Fonck Foveaux. um médico e naturalista alemão, radicado no Chile e falecido em 1912, que realizou estudos sobre a flora nativa do sul do país, bem como publicou artigos sobre arqueologia e etnografia.


O museu abriga um coleção de objetos arqueológicos de várias culturas existentes no território do Chile, bem como algumas do Peru e do Equador. Tem também uma amostra de história natural, com predominância da fauna do país.


A Ilha de Páscoa, na seção de arqueologia, tem um destaque especial. A mostra existente no museu são objetos arqueológicos e etnográficos colecionados pelo austríaco Fritz Felbermayer, que, na década de 1950, foi visitante assíduo da ilha; após a sua morte, foram incorporados à instituição.


Em 1951, o museu trouxe da Ilha de Páscoa um Moai, que, atualmente, encontra-se em uma lateral da sua fachada. Moais são estatuetas representando a cabeça e o torso humanos, feitas de pedra, voltadas para o interior da ilha, confeccionadas pelo povo Rapa Nui entre 700 a 1.500.




Museo Fonck, em destaque o Moai, trazido da ilha para Viña del Mar em 1951. Avenida 4 Norte, 784, Viña del Mar, província de Valparaíso, Chile.


Em seguida, pegamos o ônibus e retornamos a Santiago.


Fontes:


Wikipédia;






https://www.museofonck.cl/new_site/index.php?option=com_content&view=article&id=38&Itemid=108



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